Zohar On-line
Zohar Online, Kabbalah online, Zohar em português — estudo completo com comentários clássicos e explicações acessíveis da Cabala autêntica.
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Zohar Online é um recurso digital dedicado ao estudo integral do Sefer haZohar, obra fundacional da Cabala teosófica, tradicionalmente atribuída a Rabi Shimon bar Yochai e composta no século XIII na Espanha. O site oferece acesso contínuo ao texto original do Zohar com tradução fiel e comentários clássicos de autores como Rabi Shimon ibn Lavi (Ketem Paz), Rabi Shalom Buzaglo (Mikdash Melekh), Rabi Avraham Azulai (Ohr HaChammah), Rabi David Luria (Nefesh David), o Vilna Gaon (Yahel Ohr, Be’ur HaGra sobre o Sifra deTzniuta) e Rabi Yehuda Ashlag (Sulam).
Inclui também obras complementares como Zohar Chadash e Tikkunei Zohar, com suas setenta interpretações do termo “Bereshit”. A plataforma integra ainda os ensinamentos da escola luriânica, com os escritos de Rabi Chaim Vital baseados nas revelações do Arizal: Etz Chaim, Pri Etz Chaim, Sha’ar haGilgulim, Sha’ar haKavanot, Sha’ar haPesukim, Sha’ar haMitzvot, Sha’ar Ma’amarei Rashbi, Sha’ar Ruach HaKodesh e Sha’arei Kedusha.
Do Ramchal (Rabi Moshe Chaim Luzzatto), estão presentes Da’at Tevunot, Kalach Pitchei Chokhmah e Derech Etz Chaim. A obra do Baal HaSulam, com destaque para Petichah LeChokhmat haKabbalah, Matan Torah, Talmud Eser Sefirot e Introdução ao Zohar, fornece a estrutura moderna de estudo cabalístico sistemático.
O site contempla ainda o caminho da Cabala profética de Abraham Abulafia (Ohr HaSekhel, Gan Naul, Get HaShemot) e textos clássicos como Pardes Rimmonim do Ramak, Sha’arei Orah de Rabi Yosef Gikatilla, Reshit Chokhmah de Rabi Eliyahu de Vidas, Avodat HaKodesh de Rabi Meir ibn Gabbai, Chesed LeAvraham e Maggid Meisharim de Rabi Yosef Karo.
Zohar Online reúne, assim, as principais correntes e escolas da Cabala — teosófica, luriânica e profética — em uma única plataforma de estudo contínuo, sistemático e acessível, servindo como ponte entre a tradição mística judaica e o buscador contemporâneo.
O Zohar (זֹהַר), cujo nome significa “Esplendor” ou “Radiância”, é a principal obra da mística judaica conhecida como Cabala, composta majoritariamente em aramaico e parcialmente em hebraico. Estruturado como um comentário esotérico sobre a Torá (os cinco livros de Moisés), o Zohar apresenta uma cosmologia complexa e simbólica que explora a natureza de Deus, a estrutura dos mundos superiores, a alma humana, e o propósito oculto da criação. Sua origem, composição e impacto histórico são temas centrais de estudo acadêmico e religioso, tendo influenciado profundamente o judaísmo desde a Idade Média até os dias atuais.
Origens e Contexto Histórico
O Zohar surgiu no final do século XIII na região de Castela, no norte da Espanha, em um ambiente intelectual fértil, onde judeus, cristãos e muçulmanos trocavam ideias filosóficas, teológicas e místicas. Embora a obra seja tradicionalmente atribuída a Rabi Shimon bar Yochai, um sábio do século II da era comum que teria recebido revelações místicas enquanto se escondia dos romanos (segundo a tradição no Talmud Bavli, Shabat 33b), os estudiosos acadêmicos modernos atribuem sua redação principal ao místico espanhol Rabi Moshe de León (c. 1240–1305).
Estrutura e Conteúdo
O corpus principal do Zohar está organizado como um comentário exegético da Torá, distribuído em porções chamadas parashot, correspondentes às leituras semanais do texto bíblico. A obra está dividida em diversas seções, cada uma com características literárias e temáticas próprias:
Zohar : a parte principal do Zohar, que comenta sobre os cinco livros da Torá.
Idra Rabba e Idra Zuta: sessões de ensinamento esotérico entre Rabi Shimon e seus discípulos, onde são reveladas doutrinas sobre a constituição do Divino (Partzufim).
Sifra deTzniuta (“O Livro da Ocultação”): um tratado enigmático sobre os mistérios da Criação.
Ra‘aya Meheimna (“O Pastor Fiel”): uma seção teosófica que apresenta Moisés como o instrutor das almas superiores.
Tikkunei HaZohar (“As Correções (espirituais) do Zohar”): um apêndice místico que interpreta a palavra Bereshit de setenta modos diferentes, e que possui estilo e estrutura próprios.
O Zohar desenvolve uma teologia baseada no conceito das dez sefirot, emanações divinas que formam uma estrutura dinâmica de revelação e ocultamento entre Deus e o mundo. Essa estrutura serve como o mapa espiritual do universo e da alma humana. O Ein Sof (O Infinito) permanece incognoscível, manifestando-se por meio dessas sefirot, que se articulam em configurações simbólicas chamadas Partzufim (rostos/personificações divinas), como Ze‘ir Anpin (o Pequeno Rosto) e Nukvah (a Esposa/Malchut).
Temas Principais
Entre os temas recorrentes do Zohar estão:
A união mística entre o masculino e o feminino divino, especialmente entre Ze‘ir Anpin e Malchut, como modelo da harmonia cósmica.
A importância do cumprimento dos mandamentos (mitzvot) como forma de elevar as centelhas sagradas e reparar o mundo (tikun).
A reencarnação (gilgul ha-nefashot), tema amplamente tratado no Tikkunei HaZohar.
A linguagem simbólica da Torá, que é considerada um véu de significados ocultos.
A realidade espiritual do exílio e da redenção, tanto no plano histórico quanto místico.
Recepção e Influência
Após sua divulgação no século XIV, o Zohar enfrentou resistência entre autoridades rabínicas racionais, como Maimônides, mas rapidamente se tornou uma das obras mais influentes da tradição judaica. O Zohar foi integrado ao estudo tradicional entre os cabalistas de Safed no século XVI, especialmente por Rabi Yitzhak Luria (o Arizal), que desenvolveu a Cabala Luriânica a partir de seus ensinamentos. Sua influência é notável também no movimento chassídico fundado por Rabi Israel Baal Shem Tov no século XVIII, para quem a interiorização dos conceitos zoháricos tornava acessível a espiritualidade ao povo simples.
Do ponto de vista acadêmico, a publicação crítica e a análise do Zohar foram profundamente influenciadas pelos estudos de Gershom Scholem no século XX, que estabeleceu as bases do estudo histórico da Cabala. Atualmente, o Zohar continua sendo estudado tanto por místicos quanto por acadêmicos, e novas edições críticas e traduções (como a edição de Daniel Matt, The Zohar: Pritzker Edition) têm ampliado sua acessibilidade e profundidade interpretativa.
O Zohar é, ao mesmo tempo, um texto religioso, filosófico, literário e místico. Ele articula uma cosmovisão simbólica na qual cada letra e palavra da Torá está impregnada de sentido oculto. Por meio de seus comentários, metáforas, diálogos e visões, o Zohar busca não apenas interpretar o mundo, mas transformá-lo — despertando a consciência do leitor para uma realidade espiritual interconectada com o Divino. Seu estudo exige não apenas erudição, mas também uma abertura espiritual que transcende a razão, sendo, por isso, considerado por seus estudiosos não apenas um livro, mas uma jornada de revelação.
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